Esta é a versão original do artigo que escrevi para a revista ZEN energy de Julho de 2012.
Rudolf Breuß nasceu no dia 24 de Junho do ano de 1899 em Bludenz, que à data pertencia ao território do Império Austro-Húngaro. Viria a tornar-se uma cidade Austríaca do estado de Vorarlberg em 1918 por imposição do tratado de Versalhes, Saint-German e Trianon que levaram à dissolução do Império depois da Primeira Grande Guerra.
Recordo que a Primeira Guerra Mundial começou a 1914 e terminou em 1918. Rudolf Breuß iniciou a sua carreira profissional como electricista, é dito que o foi durante 40 anos, mas essa informação é dúbia.
Foi um homem com um grande entendimento do corpo humano e seu funcionamento, nutria um grande amor por todos os seres humanos, tanto que se tornou num conhecido e polémico Naturopata.
Não se sabe ao certo quando fez a transição de electricista para naturopata, nem quantos anos o foi. O que se diz é que o foi grande parte da sua vida e até quase ao fim dos seus dias deixando um legado de conhecimento e informação que ele descobriu ou desenvolveu. Não deixa de ser injusto lembrarmos-nos dele só pela massagem à coluna, de grande valor e eficácia é certo, mas é apenas uma de muito entre a herança que nos presenteou. Outra famosa e controversa prenda à humanidade foi a Dieta para cura do Cancro.
Breuß juntou fundamentos da teoria do jejum do médico alemão Otto Buchinger (1878-1966, que apregoa que o jejum é uma terapia que trata eficazmente muitas doenças, promove a limpeza e regeneração física e finalmente leva a auto descoberta), dos ensinamentos de Sebastian Kneipp (1821-1897, padre alemão, um dos fundadores da Naturopatia, dizia que a água, o poder curativo das plantas, o exercício físico, a dieta e a harmonia são fulcrais para o sistema de cura que ele propõe) e a sua própria experiência para criar esta dieta.
Para seu entendimento um cancro ou tumor necessita de proteína para crescer. Alimenta-se de proteína. Como ele explicou simplificadamente, o cancro só se alimenta de alimentos sólidos. Se retirarmos o alimento ao cancro ele vai deixar de crescer e vai diminuir. E assim fez uma dieta à base de sumos de vegetais e chás que selectivamente iria levar à fome as células tumorais. Ele deduziu que se levar a cabo esta dieta durante 42 dias vai desintoxicar, limpar e eliminar o cancro que enfraquecido abandonaria o corpo.
Já há muito que a medicina natural chama a atenção para os alimentos crus, o crudivorismo está a ressurgir em força, porque os sumos e alimentos crus contêm antioxidantes e enzimas que são extremamente importantes e completamente indispensáveis para manter a saúde face à cada vez maior quantidade de toxinas que danam o corpo.

O meu exemplar do livro do senhor Breuß
Toda a explicação da dieta pode ser lida no seu livro: “The Breuss Cancer Cure”. Uma receita específica que ele desenvolveu e que ensina é a seguinte: 300g de beterraba, 100g aipo, 100 g de cenoura, 30g de rabanete e uma batata crua no caso de cancro do fígado. Esta mistura vai dar ao corpo todos os elementos que ele precisa durante os 42 dias deste jejum.
Uma coisa que se tem de ter em conta em relação ao jejum é que, quando entramos em jejum o corpo altera a dinâmica do seu metabolismo. A energia consumida baixa para o mínimo possível. A pressão sanguínea desce, o corpo pode desidratar e a respiração pode tornar-se mais fácil. Em longo prazo reacções de catabolismo acontecem e vários tecidos são destruídos para obtenção de energia. Dá-se catabolismo proteico e muscular, e a pessoa emagrece e fica mais fraca, desta forma para qualquer tipo de jejum não se deve manter a actividade diária e física normal, mas sim de recolhimento e descanso. Por isso muitas religiões usam o jejum com intuitos espirituais.
Breuß afirmou que desde 1950 curou pessoalmente mais de 2000 pacientes com cancro e outras doenças incuráveis. E estimou já em 1986 que mais de quarenta mil pessoas foram tratadas com o seu método fundamentado pelas muitas cartas e ex votos de agradecimento que recebeu.
A comunidade médica sempre tentou dissuadir as pessoas a tentar este método, dizendo que o jejum pode levar a um enfraquecimento do sistema imunitário do corpo e expor a pessoa à doença. Que este método carecia de provas científicas. Que não é uma dieta equilibrada e que pode por em risco a vida das pessoas que a tentarem. E chegaram ao ponto, de já ele na casa dos 80, o levarem a tribunal acusando-o de charlatanismo.
Foi absolvido como é claro. O seu advogado de defesa, que tinha sido curado de cancro pelo “réu”, apresentou muitos depoimentos e testemunhos de pessoas que quando souberam da acusação intervieram em sua defesa. Mesmo o presidente da Áustria da altura, Rudolf Kirchschlaeger, que exerceu esse cargo de 1974 a 1986, e juiz, interveio em seu nome.
Escreveu o livro quando se aposentou de forma que o seu conhecimento não se perdesse e a cura estivesse disponível. Foi inicialmente editado em alemão, mas rapidamente traduzido para várias línguas e vendido em todo o mundo. Deixou-nos a 17 de Maio de 1990, mas contínua presente e este artigo é prova disso.
Artigo por: João Pedro Soares
Imagem do titulo: largamente disseminada pela Internet, virtualmente impossível descobrir a origem
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