Solanáceas: de venenos medievais para o nosso prato

A família das Solanáceas é das famílias de plantas mais prolífera em venenos[7]. Mais especificamente alcaloide tropanos (alcaloide com um anel tropano). [8]

Venenos dos quais reza a história. Vamos aos exemplos mais relevantes.

  • Cleópatra (69 aC, 30 aC) quando se decidiu suicidar terá ensaiado várias Solanáceas em escravas para testar os seus efeitos. Hyoscyamus niger (Meimendro) e Atropa belladonna (Beladona) foram algumas delas. Experimentou outros venenos de outras plantas e não optou por nenhum deles por serem dolorosos deixando os cadáveres com espasmos de dor. Escolheu um veneno que lhe proporcionou uma passagem calma e indolor para o além. [8]
  • Caesar Augustus (63 aC, 14 dC), imperador Romano,tinha uma saúde débil [1][2] e  suspeitava das intenções da sua esposa Livia Drvsilla (58 aC, 29 dC). Desta feita não comia nem bebia nada que ela lhe desse ou preparasse. Prevenia-se preparando toda a sua comida. Mas, ela injectou veneno de Atropa belladonna (Beladona) nos figos em crescimento na árvore de onde ele ia colher e comer.[8]
  • Júlia Agrippina Minor (15 dC, 59 dC) assassinou o seu marido imperador Tiberius Claudius Caesar Augustus Germanicus (10 aC, 54 dC) com a mesma substância, não tendo recorrido ao mesmo método de administração[8]. Assassinou por envenenamento também o seu segundo marido e rivais aos seus maridos. (E depois prosseguiu a executar, exilar ou forçar ao suicídio outras tantas pessoas…)[3]
OLYMPUS DIGITAL CAMERA

Free picture from Sasho Popov at Flikr.com

Curiosidade: Beladona chama-se Beladona do italiano “bella donna” pois era usado em cosmética no período do Renascimento. O método era: espremia-se uma gota de uma baga da planta para o olho e esta causava a dilatação da pupila. As donzelas ficavam assim com os olhos esbugalhados, considerado bonito. Foi posteriormente usado em oftalmologia, por algum tempo, para, com o mesmo efeito, permitir a observação da retina.

  • A raiz de Mandragora officinarum (Mandrágora) fermentada terá sido o veneno preferido de Cesare Borgia (1498-1507) Duque de Valentinois. [8]
  • Plantas do género Datura foram usadas para matar ou, em menores quantidades, para relaxar e dominar. Foram usados na Colômbia numerosas vezes: quer por ladrões para fazer quem os visse esquecer as suas faces; quer para matar os exploradores espanhóis; quer para cometer infanticídio, em que as lactantes barravam os mamilos com estratos destas plantas para matar os seus bebés.[8]
  • Há mais exemplos menos notáveis, como o uso de Duboisia hopwoodii por pescadores australianos para matar os peixes.[8]
243491958_60a0062eb9_trekr

Free picture from trekr at Flikr.com

Como já perceberam o uso eficiente do veneno depende da quantidade[4][30], e a quantidade é calculada mediante o peso/massa corporal da vítima. (Ou para ser mais técnico, a intoxicação, depende do volume dos compartimentos dos órgãos, fluxo sanguíneo para os órgãos, concentração de substância tóxica no sangue e tempo[5][6]. A concentração de substância é que depende da massa corporal e volume de sangue.)  A mais mata, mas algumas destas plantas em menores quantidades podem ter efeitos relaxantes, recreativos ou terapêuticos. Não há plantas boas nem plantas más, depende do uso que lhes damos.

As solanáceas produzem como metabolitos secundários os glicoalcaloides[6][7]. A α-solanina e α-chaconina são alguns exemplos desses glicoalcaloides. Estas, ou moléculas semelhantes estão presentes nas plantas desta família. Sabe-se que a solanina é praticamente insolúvel em água e que assar, cozer, fritar ou o uso do microondas não as eliminam, permanecendo na planta depois de cozinhado.[7]

Nota: Metabolismo secundário são todos os processos químicos que não intervêm directamente na sobrevivência, crescimento e reprodução das plantas. A sua ausência não é letal para as mesmas e são uma resposta da planta ao ambiente. Muitos dos metabolitos secundários são específicos de géneros ou famílias de plantas. Podem ser hormonas que atraem insectos polinizadores, ou que são defesa contra insectos, ou que impedem o crescimento de outras plantas ou ter função termorreguladora ou muitas outras funções, algumas desconhecidas.

Neste caso, estes compostos são potencialmente tóxicos.

Agora para assustar: exemplos de Solanáceas que consumimos: batata (normal), tomate, pimento, beringela, physalis, bagas goji, pimenta-caiena, tabaco,…

Há muito que se especula que as solanáceas podem agravar inflamação, cansaço e de uma forma geral são danosos para o organismo. Há estudos que sugerem que se deva retirar estes alimentos num tratamento de osteoartrite.  [41]

10881759035_ad94328ad5_k

Free picture from jeffplay at Flikr.com

Está estudado que as batatas apresentam presença de glicoalcaloides em toda a planta[46]. A sua maior concentração, todavia, encontra-se nas folhagens, flores, cascas e áreas de grande actividade metabólica como “olhos”, cascas verdes e rebentos[7][22]. Daí sempre ouvirmos que não se deve comer as batatas quando estão verdes. Devemos guarda-las no escuro e zonas frescas. (a concentração de glicoalcaloides pode aumentar com o armazenamento e manuseio[24][27])

Os tomates apresentam glicoalcaloides potencialmente tóxicos nas folhas e ramos[7], que são partes da planta que não comemos normalmente.

A acção da α-solalina e α-chaconina estudada in vitro mostra que ambas são inibidores da colinesterase no plasma humano. Há um pico de concentração passadas aproximadamente 5 a 6 horas de ingestão, e a sua maior concentração no corpo é progressivamente decrescente pela seguinte ordem: rins, fígado, pulmões, gordura, coração, cérebro e sangue. [7]. A inibição da colinesterase pode levar a debilidade e cansaço em pequenas quantidades. O envenenamento por solanina inclui sintomas gastrointestinais e neurológicos, como vómitos e/ou diarreia, ou dor de cabeça, visão turva, sonolência e até delírio. [7]

Apesar disso não há registos de intoxicações ou envenenamentos com eles alimentos que sejam dignos de nota. Umas intoxicações em alturas de má-nutrição em que se consumiu batatas verdes[7]. Mas isto não exclui a possibilidade destes alimentos nos causarem cansaço e sonolência.

Mas, agora para deixar de ser alarmista… a maioria dos estudos mostra que estas solanáceas que incorporamos na nossa dieta são seguros. Seria necessário termos uma sensibilidade muito grande, alergia ou um consumo extremamente elevado para apresentar sintomas.

Finalmente, por outro lado as propriedades destes constituintes estão a ser estudadas para serem usadas terapeuticamente [9][11][14][17][20][22][23][31][34][37][39] ou com outros propósitos [11], como por exemplo insecticida[43].

Alguns artigos foram escritos sobre uso destes compostos isolados para tratamento de cancros[37], metástases do cancro da mama[36][45], células pancreáticas cancerígenas [44], cancro da próstata [32][42], cancro do esófago[23], leucemia [9][20], problemas pulmonares [28][29] ou diabetes[18], muitas das vezes pela propriedade da Solanina de promover a apoptose (morte celular) [26][32][33][44][45]. Outros estudos foram ou estão a ser feitos como por exemplo, efeitos da physalis [14], o uso como anti-inflamatório[34], benefícios da beringela [12]… e de certeza muitos mais.

Termino a dizer que: depois disto fica ao critério de cada um o consumo ou não destes produtos.

Bibliografia consultada:

  • [1] “The Age of Augustus”, Werner Eck, Translated by Deborah Lucas Schneider, New material by Sarolta A. Takács, Blackwell Publishing, 2003
  • [2] “Augustus”, Pat Southern, Routledge, London and New York, 1998
  • [3] “Agrippina Sex, Power, and Politics in the Early Empire”, Anthony A. Barrett, Yale University Press, New Haven and London, 1996
  • [4] “Toxicology in the Middle Ages and Renaissance”, Edited by Philip Wexler, Academic Press An imprint of Elsevier elsevier.com, 2017
  • [5] “Health Risk Assessment Dermal and Inhalation Exposure and Absorption of Toxicants”; Edited by Rhoda G. M. Wang, Ph. D., DABT, James B. Knaak, Ph.D., Howard I. Maibach, M.D.; CRC Press, Boca Raton, Ann Arbor London Tokyo; 1993
  • [6] “Toxic Plants Dangerous to Humans and Animals”, Jean Bruneton, Tanslated by Caroline K. Hatton, Édition Tec & Doc, Édition médicales internationales, Lavoisier Publishing, 1999
  • [7] “MEDICAL TOXICOLOGY OF NATURAL SUBSTANCES Foods, Fungi, Medicinal Herbs, Plants, and Venomous Animals”, Donald G. Barceloux, MD, FAACT, FACMT, FACEP, Wiley A John Wiley & Sons, Inc., Publication, 2008
  • [8] “Murder, Magic, and Medicine”, John Mann, Oxford, New York, Tokyo, Oxford University Press, 1994

Artigos consultados e/ou recomendados:

  • [9] Yi, Y.-J., Jia, X.-H., Zhu, C., Wang, J.-Y., Chen, J.-R., Wang, H., Li, Y.-J.
    “Solanine reverses multidrug resistance in human myelogenous leukemia K562/ADM cells by downregulating mrp1 expression”
    (2018) Oncology Letters, 15 (6), pp. 10070-10076.
  • [10] Vagula, J.M., Rocha, B.A., Silva, A.R., Narain, N., Bersani-Amado, C.A., Junior, O.O.S., Visentainer, J.V.
    “Analysis of Solanum americanum Mill. by Ultrafast Liquid Chromatography with Diode Array and Time-Of-flight Mass Spectrometry Detection with Evaluation of Anti-Inflammatory Properties in Rodent Models”
    (2018) Analytical Letters, 51 (13), pp. 1973-1985.
  • [11] Benítez, G., March-Salas, M., Villa-Kamel, A., Cháves-Jiménez, U., Hernández, J., Montes-Osuna, N., Moreno-Chocano, J., Cariñanos, P.
    “The genus Datura L. (Solanaceae) in Mexico and Spain – Ethnobotanical perspective at the interface of medical and illicit uses”
    (2018) Journal of Ethnopharmacology, 219, pp. 133-151.
  • [12] Gürbüz, N., Uluişik, S., Frary, A., Frary, A., Doğanlar, S.
    “Health benefits and bioactive compounds of eggplant”
    (2018) Food Chemistry, 268, pp. 602-610.
  • [13] Guo, R., Liu, Y., Xu, Z.-P., Xia, Y.-G., Yang, B.-Y., Kuang, H.-X.
    “Withanolides from the leaves of Datura metel L.”
    (2018) Phytochemistry, 155, pp. 136-146.
  • [14] Wu, J., Li, X., Zhao, J., Wang, R., Xia, Z., Li, X., Liu, Y., Xu, Q., Khan, I.A., Yang, S.
    “Anti-inflammatory and cytotoxic withanolides from Physalis minima”
    (2018) Phytochemistry, 155, pp. 164-170.
  • [15] Yao, R., Heinrich, M., Wang, Z., Weckerle, C.S.
    “Quality control of goji (fruits of Lycium barbarum L. and L. chinense Mill.): A value chain analysis perspective”
    (2018) Journal of Ethnopharmacology, 224, pp. 349-358.
  • [16] Spalink, D., Stoffel, K., Walden, G.K., Hulse-Kemp, A.M., Hill, T.A., Van Deynze, A., Bohs, L.
    “Comparative transcriptomics and genomic patterns of discordance in Capsiceae (Solanaceae)”
    (2018) Molecular Phylogenetics and Evolution, 126, pp. 293-302.
  • [17] Zhao, L., Wang, L., Di, S.-N., Xu, Q., Ren, Q.-C., Chen, S.-Z., Huang, N., Jia, D., Shen, X.-F.
    “Steroidal alkaloid solanine A from Solanum nigrum Linn. exhibits anti-inflammatory activity in lipopolysaccharide/interferon γ-activated murine macrophages and animal models of inflammation”
    (2018) Biomedicine and Pharmacotherapy, 105, pp. 606-615.
  • [18] Al-Ashaal, H.A.A.-H., Farghaly, A.A., Abdel-Samee, N.S.
    “Antidiabetic efficacy of solanum torvum extract and glycoalkaloids against diabetes induced mutation in experimental animals”
    (2018) Journal of Pharmaceutical Sciences and Research, 10 (6), pp. 1323-1331.
  • [19] Gao, S., Tan, H., Lang, L., Bai, J., Ji, Y.
    “The effect of α-solanine on the activity, gene expression, and kinetics of arylamine
    N-acetyltransferase in HepG2 cells”
    (2018) Oncology Reports, 39 (5), pp. 2427-2435.
  • [20] Yi, Y.-J., Jia, X.-H., Wang, J.-Y., Chen, J.-R., Wang, H., Li, Y.-J.
    “Solanine induced apoptosis and increased chemosensitivity to adriamycin in t-cell acute lymphoblastic leukemia cells”
    (2018) Oncology Letters, 15 (5), pp. 7383-7388.
  • [21] József, L., Katalin, L., Dániel, P., Péter, L.
    “Toxic effects of food components of natural origin”
    (2018) Magyar Allatorvosok Lapja, 140 (4), pp. 239-250.
  • [22] Kirui, G.K., Dossaji, S.F., Amugune, N.O.
    “Changes in phytochemical content during different growth stages in tubers of five varieties of Potato (Solanum tuberosum L.)”
    (2018) Current Research in Nutrition and Food Science, 6 (1), pp. 12-22.
  • [23] Wu, J., Wang, L., Du, X., Sun, Q., Wang, Y., Li, M., Zang, W., Liu, K., Zhao, G.
    “α-Solanine enhances the chemosensitivity of esophageal cancer cells by inducing microRNA-138 expression”
    (2018) Oncology Reports, 39 (3), pp. 1163-1172.
  • [24] Rytel, E., Tajner-Czopek, A., Kita, A., Kucharska, A.Z., Sokół-Łętowska, A., Hamouz, K.
    “Content of anthocyanins and glycoalkaloids in blue-fleshed potatoes and changes in the content of α-solanine and α-chaconine during manufacture of fried and dried products”
    (2018) International Journal of Food Science and Technology, 53 (3), pp. 719-727.
  • [25] Gu, X.-Y., Shen, X.-F., Wang, L., Wu, Z.-W., Li, F., Chen, B., Zhang, G.-L., Wang, M.-K.
    “Bioactive steroidal alkaloids from the fruits of Solanum nigrum”
    (2018) Phytochemistry, 147, pp. 125-131.
  • [26] Lin, T., Oqani, R.K., Lee, J.E., Kang, J.W., Kim, S.Y., Cho, E.S., Jeong, Y.D., Baek, J.J., Jin, D.I.
    “α-Solanine impairs oocyte maturation and quality by inducing autophagy and apoptosis and changing histone modifications in a pig model”
    (2018) Reproductive Toxicology, 75, pp. 96-109.
  • [27] Chen, X., Ding, Y., Kan, J.
    “Changes in the content and influence factors of α-solanine in potato during storage”
    (2018) Emirates Journal of Food and Agriculture, 30 (1), pp. 10-16.
  • [28] Nie, X., Dai, Y., Tan, J., Chen, Y., Qin, G., Mao, W., Zou, J., Chang, Y., Wang, Q., Chen, J.
    “α-Solanine reverses pulmonary vascular remodeling and vascular angiogenesis in experimental pulmonary artery hypertension”
    (2017) Journal of Hypertension, 35 (12), pp. 2419-2435.
  • [29] Cheng, X., Narisawa, M., Jin, E., Li, X.
    “α-Solanine as potential therapeutic target in pulmonary artery hypertension”
    (2017) Journal of Hypertension, 35 (12), pp. 2377-2379.
  • [30] Barricelli, M., Rösel, F.T., Lenderich, C., Kroschwald, J., Kurz, J.
    “The dose makes the poison: Use of QuEChERS in determining alpha-solanine and alpha-chaconine in table potatoes”
    (2017) Deutsche Lebensmittel-Rundschau, 113 (11), pp. 492-498.
  • [31] Das, K., Krishna, P., Sarkar, A., Ilangovan, S.S., Sen, S.
    “A review on pharmacological properties of Solanum tuberosum”
    (2017) Research Journal of Pharmacy and Technology, 10 (5), pp. 1517-1522.
  • [32] Zhong, W.-F., Chen, N.-H., Huang, Y.-Q., Wan, P., Lin, Y.-F., Jiang, H.-M., Zhong, K.-H., Pan, B., Liu, S.-P.
    “Solanine induces the apoptosis of human prostate cancer cells via ROS/p38 signaling pathway”
    (2017) Journal of Xi’an Jiaotong University (Medical Sciences), 38 (3), pp. 457-461 and 469.
  • [33] Guo, L., Sheng, H.-J., Liu, Q., Yang, Q.-H., Zhu, S.-J.
    “Effect of solanine on proliferation and apoptosis of U251 cells”
    (2017) Chinese Traditional and Herbal Drugs, 48 (10), pp. 2081-2086.
  • [34] Shin, J.-S., Lee, K.-G., Lee, H.-H., Lee, H.J., An, H.-J., Nam, J.-H., Jang, D.S., Lee, K.-T.
    “α-Solanine Isolated From Solanum Tuberosum L. cv Jayoung Abrogates LPS-Induced Inflammatory Responses Via NF-κB Inactivation in RAW 264.7 Macrophages and Endotoxin-Induced Shock Model in Mice”
    (2016) Journal of Cellular Biochemistry, pp. 2327-2339.
  • [35] Babazadeh, S., Ahmadi Moghaddam, P., Sabatyan, A., Sharifian, F.
    “Classification of potato tubers based on solanine toxicant using laser-induced light backscattering imaging”
    (2016) Computers and Electronics in Agriculture, 129, pp. 1-8.
  • [36] Mohsenikia, M., Farhangi, B., Alizadeh, A.M., Khodayari, H., Khodayari, S., Khori, V., Arjmand Abbassi, Y., Vesovic, M., Soleymani, A., Najafi, F.
    “Therapeutic effects of dendrosomal solanine on a metastatic breast tumor”
    (2016) Life Sciences, 148, pp. 260-267.
  • [37] Sucha, L., Tomsik, P.
    “The Steroidal Glycoalkaloids from Solanaceae: Toxic Effect, Antitumour Activity and Mechanism of Action”
    (2016) Planta Medica, 82 (5), pp. 379-387.
  • [38] Glover, R.L., Connors, N.J., Stefan, C., Wong, E., Hoffman, R.S., Nelson, L.S., Milstein, M., Smith, S.W., Swerdlow, M.
    “Electromyographic and laboratory findings in acute Solanum torvum poisoning”
    (2016) Clinical Toxicology, 54 (1), pp. 61-65.
  • [39] Fowler, C.J.
    “Plant sources of antimuscarinics”
    (2015) BJU International, 115 (S6), pp. 4-7.
  • [40] Carlier, J., Guitton, J., Romeuf, L., Bévalot, F., Boyer, B., Fanton, L., Gaillard, Y.
    “Screening approach by ultra-high performance liquid chromatography-tandem mass spectrometry for the blood quantification of thirty-four toxic principles of plant origin. Application to forensic toxicology”
    (2015) Journal of Chromatography B: Analytical Technologies in the Biomedical and Life Sciences, 975, pp. 65-76.
  • [41] Prousky, J.E.
    “The use of niacinamide and solanaceae (nightshade) elimination in the treatment of osteoarthritis”
    (2015) Journal of Orthomolecular Medicine, 30 (1), pp. 13-21.
  • [42] Shen, K.-H., Liao, A.C.-H., Hung, J.-H., Lee, W.-J., Hu, K.-C., Lin, P.-T., Liao, R.-F., Chen, P.-S.
    “α-Solanine inhibits invasion of human prostate cancer cell by suppressing epithelial-mesenchymal transition and MMPs expression”
    (2014) Molecules, 19 (8), pp. 11896-11914.
  • [43] Adamski, Z., Marciniak, P., Ziemnicki, K., Büyükgüzel, E., Erdem, M., Büyükgüzel, K., Ventrella, E., Falabella, P., Cristallo, M., Salvia, R., Bufo, S.A., Scrano, L.
    “Potato leaf extract and its component, and alpha;-solanine, exert similar impacts on development and oxidative stress in Galleria mellonella L.”
    (2014) Archives of Insect Biochemistry and Physiology, 87 (1), pp. 26-39.
  • [44] Sun, H., Lv, C., Yang, L., Wang, Y., Zhang, Q., Yu, S., Kong, H., Wang, M., Xie, J., Zhang, C., Zhou, M.
    “Solanine induces mitochondria-mediated apoptosis in human pancreatic cancer cells”
    (2014) BioMed Research International, 2014, art. no. 805926, .
  • [45] Zhang, X.-H., Zhu, J., Xu, S.-L.
    “Solanine induces human breast cancer MCF-7 apoptosis through mitochondrial pathway”
    (2014) Chinese Pharmaceutical Journal, 49 (16), pp. 1404-1409.
  • [46] Machado, Rita Margarete D., Toledo, Maria Cecília F.
    “Determinação de Glicoalcalóides em batatas in natura (Solanum Tuberosum L.) comercializadas na cidade de Campinas, Estado de São Paulo”
    (2004) Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 24(1): 047-052, jan.-mar. 2004

#mc_embed_signup{background:#fff; clear:left; font:14px Helvetica,Arial,sans-serif; }
/* Add your own Mailchimp form style overrides in your site stylesheet or in this style block.
We recommend moving this block and the preceding CSS link to the HEAD of your HTML file. */

Subscreva a Mailing List

* indicates required
Email Address *

First Name *

//s3.amazonaws.com/downloads.mailchimp.com/js/mc-validate.js(function($) {window.fnames = new Array(); window.ftypes = new Array();fnames[0]=’EMAIL’;ftypes[0]=’email’;fnames[1]=’FNAME’;ftypes[1]=’text’;fnames[2]=’LNAME’;ftypes[2]=’text’;fnames[3]=’ADDRESS’;ftypes[3]=’address’;fnames[4]=’PHONE’;ftypes[4]=’phone’;fnames[5]=’MMERGE5′;ftypes[5]=’address’;fnames[6]=’MMERGE6′;ftypes[6]=’address’;}(jQuery));var $mcj = jQuery.noConflict(true);

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

%d bloggers gostam disto: